SELEÇÃO BRASILEIRA
SELEÇÃO BRASILEIRA

 

Seleção Brasileira de Futebol

 
 
 
Seleção Brasileira de Futebol
Brasil
Alcunhas?  Verde-Amarela
Canarinho
Amarelinha
Associação Confederação Brasileira de Futebol
Confederação CONMEBOL (América do Sul)
Material desportivo?  Estados Unidos Nike
Treinador Brasil Luiz Felipe Scolari [1]
Capitão Thiago Silva
Mais participações Cafu (148)[2]
Artilheiro Pelé (95)[3]
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Uniforme
titular
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Uniforme
alternativo
 
 
 
 
 
 
 

Seleção Brasileira de Futebol é o time nacional do Brasil de futebol masculino, gerido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que representa o país nas competições de futebol organizadas pela CONMEBOL e pela FIFA. É o time mais bem-sucedido de futebol na história das Copas do Mundo, sendo a seleção nacional que mais vezes conquistou o Mundial com cinco títulos até então (19581962,197019942002[5]). Tendo conquistado um total de 62 títulos internacionais oficiais a nível profissional e de seleções de base, sendo um recorde mundial. Um lema comum da seleção nacional do Brasil é: Os ingleses o inventaram, mas os brasileiros o aperfeiçoaram.[6]. O Brasil é consistente entre as nações mais fortes de futebol do planeta e é a única equipe a ter jogado em todas as copas do mundo.[7]

Outras conquistas incluem o octacampeonato da Copa América[7] (1919192219491989199719992004 e 2007) e o tricampeonato da Copa das Confederações[7] (19972005 e 2009). Seleções rivais notórias incluem a Argentina[8], sobretudo pelos questionamentos acerca de quem teria sido o melhor da história — se Pelé ou Maradona[9] — e a França, sobretudo após a Copa do Mundo FIFA de 1998, vencida pelos franceses em cima dos brasileiros[10] e a Copa de 2006, em que a seleção francesa venceu a brasileira nas quartas de final por 1x0 — decretando assim a sua eliminação — e a Seleção Uruguaia de Futebol com quem já disputou jogos históricos em copas do mundo, como a final da copa de 1950 e a semifinal da Copa de 1970, além de outras decisões de Copas Américas e de categorias de base.

História

1914–1938: A formação e os primórdios

A primeira partida da seleção brasileira contra o Exeter City Football Club em 1914.

A Seleção Brasileira foi formada pela primeira vez em 20 de agosto de 1914. Fez seu primeiro jogo contra o Exeter City da Inglaterra, no campo do Fluminense Club Football, em 27 de julho daquele ano. Vitória para os brasileiros por 2 a 0, com o primeiro gol marcado por Oswaldo Gomes, do Fluminense. A equipe jogou ainda naquele ano em dois jogos contra a Seleção Argentina, sendo um amistoso em 20 de setembro e outro oficialmente, valendo a Copa Roca em 27 de setembro,[11] competição que visava a aproximar mais estes dois países.O Brasil venceu por 1-0 emBuenos Aires (gol de Rubens Salles), consagrando-se campeão do torneio,[12] sendo esse o primeiro de vários títulos conquistados pela seleção Canarinho. O primeiro título relevante conquistado pela Seleção Brasileira foi o Campeonato Sul-Americano de 1919, atual Copa América,[13] comFriedenreich marcando o gol do título sobre o Uruguai, no Estádio das Laranjeiras construído pelo Fluminense para esta ocasião, já que o governo brasileiro não tinha o dinheiro para financiar este evento internacional. Em 1922, o Fluminense ampliou o seu estádio e a Seleção Brasileira conquistou o segundo título relevante de sua história, o bicampeonato do Sul Americano de Seleções.

O Brasil é a única nação a ter se classificado para todas as edições da Copa do Mundo. Contudo, as participações iniciais do país estavam longe de serem bem sucedidas. Isso se deve à disputa interna do futebol brasileiro sobre o profissionalismo. Esse fato fez com que a Confederação Brasileira de Futebol fosse incapaz de convocar times com a força total. Em particular, disputas entre as federações estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro (as duas mais importantes da época) significavam que a seleção seria composta por jogadores vindos de apenas uma das federações.

Tanto na Copa de 1930, quando Preguinho marcou o primeiro gol da história da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, na estreia contra a Iugoslávia, em que o Brasil perdeu por 2 a 1, quanto na de 1934, o Brasil foi eliminado logo na primeira fase. Mas 1938 era um sinal do que viria, uma vez que o Brasil terminou em um bom terceiro lugar, com Leônidas da Silva fazendo história e terminando a copa como artilheiro e melhor jogador.

Após esta última até 1950, as edições da Copa do Mundo foram canceladas devido à Segunda Guerra Mundial.

1950: A derrota em casa para o Uruguai

O Brasil sediou a Copa do Mundo de 1950, que foi o primeiro torneio a acontecer depois da II Guerra Mundial,[14] a única no Brasil. O torneio de 1950 foi único por não ter uma partida final, mas um quadrangular final; contudo, para todos os fins o jogo decisivo entre Brasil e Uruguai serviu como "final" do torneio. A partida foi jogada no estádio do Maracanã no Rio de Janeiro (então capital do país), assistida por algo em torno de 200.000 pessoas. O Brasil apenas precisava de um empate para ser campeão, mas acabou perdendo por 2 a 1 de virada, sendo Uruguai o segundo bicampeão mundial; essa partida desde então ficou conhecida na América do Sul como o Maracanazo.

A Seleção jogou de branco até a data fatídica de 16 de julho de 1950, quando perdeu para o Uruguai. Após essa data houve um concurso para escolher o novo uniforme da equipe, tendo sido escolhidos o amarelo como cor da camiseta, o azul como cor do calção e o branco a cor dos meiões. O concurso, promovido pelo jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, foi ganho pelo professor, jornalista gaúcho e, ironicamente, torcedor do Uruguai Aldyr Garcia Schlee.

1954: A derrota para a Hungria

Para a Copa do Mundo de 1954, na Suíça, a equipe brasileira estava completamente renovada, para que a derrota do Maracanã pudesse ser esquecida, mas ainda tinha um bom grupo de jogadores, incluindo Nilton SantosDjalma SantosJulinho e Didi.

O Brasil não foi muito longe por duas razões principais: a necessidade que seus jogadores tinham para provar que não eram covardes (como muitos foram acusados em 1950)[carece de fontes] e o fato de terem enfrentado a Hungria comandada por Puskás, o melhor time daquela Copa, na terceira fase.

1958–1970: A era de ouro

Jogadores da Seleção Brasileira comemoram o primeiro título mundial na Copa de 1958

1958: O primeiro título mundial

O técnico do Brasil, Vicente Feola, impôs regras estritas para a equipe para a Copa do Mundo de 1958, na Suécia. Os jogadores receberam uma lista de quarenta coisas que eles não tinham permissão de fazer, incluindo usar chapéu ou guarda-chuva, fumar enquanto vestiam uniforme oficial e conversar com a imprensa fora dos locais designados. Era o único time que havia trazido um psicólogo (por causa das memórias de 1950, que ainda afetavam alguns jogadores) ou um dentista (já que, por causa de suas origens humildes, muitos jogadores tinham problemas dentais, o que causava infecções e tinha também um impacto negativo nas performances) com eles, e haviam mandado um representante para a Europa para assistir às partidas eliminatórias um ano antes do começo do torneio.

O Brasil caiu no grupo mais difícil, com InglaterraURSS e Áustria. Eles bateram a Áustria por 3-0 na primeira partida, então empataram em 0-0 com a Inglaterra. Os brasileiros estavam preocupados com sua partida contra os soviéticos, que tinham um físico excepcional e eram um dos favoritos a ganhar o torneio; sua estratégia era arriscar no começo do jogo para tentar marcar um gol logo no início. Antes da partida, os líderes do time, Bellini, Nílton Santos e Didi, falaram com o técnico e o persuadiram a fazer três substituições que seriam cruciais para o Brasil ganhar dos soviéticos e a Copa: Zito,Garrincha e Pelé começariam o jogo contra a União Soviética. No apito inicial, eles passaram a bola para Garrincha que passou por três jogadores antes de acertar a trave com um chute. Eles mantiveram a pressão sem descanso e, após três minutos, que mais tarde seriam chamados de "os três minutos mais grandiosos da história do futebol", Vavá deu ao Brasil a liderança no placar. Eles ganharam a partida por 2-0. Pelé marcou o único gol da partida das quartas-de-final contra o País de Gales, e eles bateram a França por 5-2 nas semifinais.

Pelé, na final da Copa, driblando os jogadores suecos

O Brasil bateu os donos da casa, Suécia, na final por 5-2, ganhando sua primeira Copa do Mundo, se tornando a primeira nação a ganhar um título de Copa do Mundo fora de seu próprio continente. Repetiu o feito em 2002, ao triunfar na Ásia, somando títulos em três continentes. Depois só a Espanha conquistou um título mundial fora do próprio continente, conseguindo-o na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul. Um fato lembrado foi que Feola algumas vezes tirava sonecas durante os treinamentos e fechava os olhos durante os jogos, dando a impressão que ele estava dormindo. Por causa disso, Didi algumas vezes era tido como o verdadeiro técnico do time, já que ele comandava o meio de campo. Outro detalhe: na final da Copa, quando enfrentou a Suécia, o time brasileiro teve que arrumar o segundo uniforme urgentemente, já que o sueco era amarelo também. A Suécia emprestou ao Brasil seu uniforme reserva (camisetas azuis e calções brancos), e há informações de que os próprios jogadores costuraram os distintivos da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) durante a noite na camiseta no lugar dos distintivos suecos. Assim surgiu o uniforme reserva do Brasil. Diz-se que o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, tentou estimular os jogadores associando o azul da camisa ao "manto de Nossa Senhora".

Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano de 1959.

1962: O bicampeonato

Na Copa do Mundo de 1962, o Brasil conseguiu seu segundo título com Garrincha como a grande estrela, fazendo gols de cabeça e também de perna esquerda e ainda jogando com febre a final, especialmente após Pelé ter se machucado no segundo jogo e estar impossibilitado de jogar pelo resto da Copa do Mundo.

1966: O fracasso

Na Copa do Mundo de 1966, a preparação do time foi afetada por influências políticas. Todos os grandes clubes do futebol brasileiro queriam seus jogadores incluídos na equipe brasileira, para lhes dar mais exposição. Nos meses finais da preparação, o técnico Vicente Feola estava trabalhando com 46 jogadores, na qual apenas 22 iriam para a Inglaterra; isso causou muitas disputas internas e pressão psicológica.

O resultado foi que, em 1966, o Brasil teve uma das piores performances em todas as Copas do Mundo. Além disso, a derrota para a Hungriarepresentou a única derrota de Garrincha com a camisa da seleção.

1970: O tricampeonato

A Seleção tricampeã. Em pé, da esquerda para a direita: Carlos AlbertoBritoPiazzaFélix,Clodoaldo e Everaldo; agachados: Jairzinho,GérsonTostãoPelé e Rivellino.

Após o fracasso na Copa do Mundo de 1966, a Seleção brasileira voltou a participar de eliminatórias para o torneio de 1970. Disputou uma das três vagas do continente sul-americano contra as Seleções da ColômbiaVenezuela e Paraguai que completavam o grupo B da América do Sul. A participação do Brasil foi irretocável, sob o comando do técnico João Saldanha, venceu todos os adversários em ambas as partidas (jogos de ida e volta), marcando 23 gols e sofrendo apenas dois [15].

A base da seleção era formada por jogadores do BotafogoCruzeiro e do Santos. Utilizando o esquema 4-2-4, o time principal tinha a seguinte formação: Goleiro - Félixlaterais - Carlos Alberto e Rildo, zagueiros - Djalma Dias e Joelmédio-volante - Piazzameia-armador - Gerson,ponteiros - Jairzinho e Edu e completando o ataque - Pelé e Tostão.

No entanto, apesar do sucesso da seleção, ocorreram vários incidentes que levaram a substituição do técnico João Saldanha por Zagallo, faltando apenas alguns meses para o início da Copa. Zagallo, que já havia dirigido a seleção antes de João Saldanha, adotou algumas posições polêmicas, entre elas a separação da dupla de ataque Pelé e Tostão, chegando a deixar Pelé no banco de reservas durante um amistoso contra a Bulgária.[16] Antes da Copa do Mundo de 1970, houve um amistoso no dia de 3 de setembro de 1969 contra o Atlético Mineiro e a futura seleção campeã de 1970 fora derrotada por 2-1. Depois do ocorrido, foram proibidos jogos amistosos de equipes brasileiras com a seleção.

O Brasil ganhou sua terceira Copa do Mundo no México em 1970. Naquela ocasião, colocou em campo o que foi considerado, segundo uma pesquisa global com especialistas, realizada pela revista inglesa World Soccer, a melhor equipe de futebol de todos os tempos [17] com Pelé, em sua última edição de Copa do Mundo, Carlos Alberto TorresJairzinhoTostãoGérsonPiazzaClodoaldo e Rivelino. Após ganhar a Taça Jules Rimet pela terceira vez, o Brasil pôde mantê-la para si. Porém ela foi roubada e derretida anos mais tarde. Uma réplica foi aceita em 19 de janeiro de 1984, confeccionada a partir de seus moldes originais, mantendo totalmente suas características.

Década de 1980

Depois da conquista em 1970, a seleção passaria 24 anos sem conquistar uma Copa. Nesse meio tempo, o Brasil chegou a perder a Copa do Mundo de 1982, após a fatídica partida contra aItália, comandada por Paolo Rossi, que marcou três gols na vitória por 3-2 sobre a Seleção Brasileira, eliminando-a da Copa. Com uma seleção que contava com jogadores como Zico,SócratesFalcão e Júnior, o Brasil era considerado por muitos como a melhor seleção da história das Copas em 1982.

Em 1986, os brasileiros foram eliminados nas quartas-de-final pela França de Michel Platini, e ainda tiveram de suportar o título mundial dos grandes rivais da Argentina, que havia vencido aAlemanha Ocidental na final.

1994: O tetracampeonato

Em 1994, o Brasil não era tido como favorito. Um ano antes, nas eliminatórias, havia se classificado no sufoco, graças à ajuda de Romário, que foi até apelidado de São Romário. Já na Copadisputada nos Estados Unidos, o time de Carlos Alberto Parreira era considerado defensivo demais, o que contrariava o estilo do futebol brasileiro. No decorrer da competição, entretanto, o Brasil foi ultrapassando barreiras e se classificando para as fases seguintes. Foi o líder de seu grupo na primeira fase, depois de vencer Camarões e a Rússia e empatar com a Suécia. Nas oitavas-de-final da Copa, eliminou os Estados Unidos em pleno dia 4 de julhodia da independência do país. Nas quartas-de-final, em jogo emocionante, eliminou a Holanda e, nas semifinais, voltou a encontrar com a Suécia, despachando o selecionado do país escandinavo. Na final, derrotou a Itália nos pênaltis, após um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Passaria assim a ser a primeira seleção a conquistar quatro copas do mundo e a primeira a conquistar o título através da cobrança de penalidades máximas

1998: A derrota para os donos da casa

Para a Copa do Mundo de 1998Ronaldo surgia como a grande promessa da Seleção. Vivendo uma fase fantástica em seu clube, a Internazionale, da Itália, o jogador era o atual detentor do prêmio de Melhor jogador do mundo pela FIFA.

O Brasil passou pela primeira fase com duas vitórias e uma derrota contra a algoz Noruega, seleção que até hoje nunca foi derrotada pelos brasileiros (ver Brasil-Noruega em futebol). Nas oitavas-de-final, uma convincente vitória por 4-1 sobre o Chile. Nas quartas, uma vitória mais complicada contra a Dinamarca: 3-2. Nas semi-finais, mais uma partida dramática contra a Holanda: após o empate em 1-1 que persistiu até o final da prorrogação, os brasileiros conseguiram a classificação para a final apenas na disputa por pênaltis, graças as grandes defesas de Taffarel.

Classificada para a final da Copa do Mundo de 1998, a Seleção Brasileira teria pela frente os donos da casa, a França. Horas antes da decisão, uma polêmica envolvendo Ronaldo trouxe receio aos brasileiros: devido a uma misteriosa convulsão, diagnosticada desde como estresse até como ataque epilético, o jogador foi levado apenas 75 minutos antes da partida ao hospital. Vendo que seu principal jogador não tinha condições de jogo, Zagallo optou por escalar Edmundo em seu lugar, mas o próprio Ronaldo apareceu, a 40 minutos do início da partida, declarando-se apto. Com Ronaldo entre os titulares e tendo uma péssima atuação, o Brasil acabou derrotado por 3-0, numa partida magistral de Zinédine Zidane, que marcou dois gols, dando o primeiro título mundial aos anfitriões da Copa.

2002: O pentacampeonato

Painel do penta, loja da NikeLondres.

A Seleção Brasileira teve problemas para se classificar para a Copa do Mundo de 2002. O primeiro deles foram as constantes trocas de técnicos (Vanderlei LuxemburgoCandinhoEmerson Leão e Luiz Felipe Scolari). O pouco tempo para treinos atrapalhou a campanha. Outra vez a Seleção não era vista como favorita, mas acabou surpreendendo bastante.

Na Copa do Mundo de 2002Ronaldo foi novamente convocado, apesar das dúvidas se realmente tinha condições de jogar, pois estava parado há praticamente dois anos, por problemas de contusão. Porém, na Copa, teve grandes atuações. O Brasil, que eliminou as seleções da Bélgica,InglaterraTurquia e Alemanha, esta última na final, acabou tendo Ronaldo como o artilheiro, com oito gols, sendo assim um dos grandes nomes da conquista juntamente com Rivaldo, tendo assim conquistado o quinto título para a seleção brasileira, vencendo todas as partidas do mundial de 2002e mantendo sua hegemonia.

2006–2010: em busca do hexa

Com o bom desempenho nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, o Brasil continuou sendo o único país a se classificar para todos osmundiais.

Depois do fracasso do Brasil na Copa do Mundo de 2006, onde a Seleção não demonstrou o futebol esperado e sucumbiu diante da França, fracassando no sonho de obter o hexacampeonato mundial, em 24 de julho de 2006Parreira foi demitido, e Dunga foi anunciado como o novo treinador,[18] numa tentativa da CBF de dar uma resposta às pesadas críticas por parte da torcida e da imprensa. Esta troca se deu em função da imagem de luta e garra que Dunga enquanto jogador sempre fez questão de demonstrar, contrapondo-se à imagem de falta de comando e profissionalismo, que foi criada de seu antecessor na campanha fracassada de 2006.

Desde que assumiu a Seleção, a palavra de ordem do técnico Dunga foi renovação. Diante disto, foram afastados da equipe brasileira jogadores veteranos como CafuRoberto CarlosRonaldo e Emerson, jogadores que, ao lado do técnico Carlos Alberto Parreira, foram responsabilizados pelo fracasso brasileiro no mundial da Alemanha.

Dunga, que viveu sua primeira experiência como técnico de futebol, chamou seu amigo e ex-companheiro na vitoriosa campanha da Copa do Mundo de 1994Jorginho para o cargo de auxiliar técnico, cargo este que era ocupado por Zagallo.

O ex-jogador nunca trabalhara na função, o que surpreendeu os torcedores e a imprensa, que esperavam a designação de nomes já reconhecidos na função. Dunga estreou na seleção no amistoso contra a Noruega, no dia 16 de agosto, em Oslo. O jogo acabou em 1-1. Até a Copa América de 2007, a seleção passou por altos e baixos, tendo, entre outros resultados, vencido a Argentina por 3-0 e perdido para Portugal por 2-0. Na disputa do torneio continental, começou perdendo para o México, fazendo com que a desconfiança da torcida brasileira aumentasse. Mas no decorrer da competição, se sagrou campeão mais uma vez vencendo a Argentina por 3-0 na final.

Em 2008, as críticas voltaram após empates e derrotas contra equipes inferiores (VenezuelaParaguaiBolíviaColômbia). A eliminação precoce para a Argentina nas Olimpíadas só agravou a situação do treinador (embora tenha obtido a medalha de bronze na competição). O ano terminou, porém, com convincente goleada por 6-2 sobrePortugal, para quem o Brasil havia perdido há algum tempo.

O ano de 2009 foi a volta por cima. Em dezessete jogos, a seleção de Dunga conseguiu quinze vitórias, se sagrando campeã da Copa das Confederações e vencendo equipes como Itália por 3-0, Argentina por 3-1 e Inglaterra por 1-0. Com a confiança de volta, o grupo chegou para a disputa da Copa do Mundo FIFA de 2010 como um dos favoritos.

Após alguns amistosos, o Brasil passou da primeira fase do mundo derrotando Coreia do NorteCosta do Marfim e empatando com Portugal. Nas oitavas-de-final, obteve convincente vitória por 3-0 sobre o Chile. Porém, nas quartas-de-final, depois de ter ido para o intervalo vencendo por 1-0 os Países Baixos, permitiu que o adversário virasse a partida para 2-1, e deu adeus à competição, assim como Dunga do comando da equipe.

2011: A renovação e a Copa América

No dia 23 de julho de 2010, Mano Menezes assumiu a Seleção, com novas promessas de renovação e sua contratação, assim como a de Dunga, foi contestada por parte da torcida brasileira pois era um técnico que não tinha um histórico vitorioso (só tinha conquistado até o momento 2 Campeonatos Brasileiros da Segunda Divisão, e uma Copa do Brasil). Para a primeira partida, contra os Estados Unidos, Mano convocou apenas quatro jogadores que disputaram o mundial meses antes. Nos oito primeiros jogos, que serviram como preparação para a disputa da Copa América de 2011, a Seleção venceu cinco e perdeu tres, para FrançaArgentina e Alemanha, além de um empate em 0-0 no sétimo jogo, contra a Holanda em Goiânia.

A primeira competição que seria disputada pela nova safra de jogadores de Mano Menezes foi a Copa América de 2011, realizada na Argentina. O Brasil caiu num grupo com seleções medianas: VenezuelaParaguai e Equador. A Seleção Brasileira classificou-se com uma vitória, contra o Equador, e dois empates, contra Venezuela e Paraguai. Nas quartas-de-final, a Seleção enfrentaria novamente o Paraguai. O jogo foi amplamente dominado pelo Brasil, que teve inúmeras chances de gol, mas o empate em 0-0 persistiu até o final da prorrogação. Nadisputa por pênaltis, o goleiro paraguaio Justo Villar foi decisivo, defendendo uma das cobranças. Todas as demais cobranças foram desperdiçadas pelos brasileiros, fato que decretou a vitória paraguaia por 2-0. Após a Copa América, a Seleção realizou vários amistosos internacionais e acumulou várias vitórias seguidas, mas contra adversários modestos como Gana (1 x 0), Costa Rica (1 x 0), México (vitória por 2 x 1), Gabão (2 x 0) e Egito (2 x 0). O único revés foi no primeiro jogo apos a Copa América, derrota para a Alemanha por 3 x 2, em Stuttgart. Em 2012, o Brasil disputou cinco amistosos utilizando vários jogadores com idade abaixo dos 23 anos e venceu três (2 x 1 na Bósnia, 3 x 1 na Dinamarca e 4 x 1 sobre os EUA) e perdeu dois (2 a 0 para o México e 4 a 3 para a Argentina).

Competições multidesportivas

Nos Jogos Olímpicos, o Brasil jamais ganhou uma medalha de ouro. Chegou perto em 19841988 e 2012, mas teve que se contentar com a medalha de prata (o Brasil foi derrotado, respectivamente, pela França, pela antiga União Soviética e pelo México). Ainda possui duas medalhas de bronze, conquistadas em 1996 (após ser desclassificado pela Nigéria, que se tornaria a campeã) e 2008 (após ser desclassificado pela Argentina, que também se tornaria campeã). A medalha de ouro olímpica do futebol é o único título organizado pela FIFA que o Brasil ainda não conquistou.

Já nos Jogos Pan-Americanos, a situação é melhor: o Brasil ganhou quatro medalhas de ouro, em 1963 (quando atuou em casa), 1975 (dividida com o México), 1979 e 1987. Ainda possui duas medalhas de prata, conquistadas em 1959 e 2003, e uma de bronze, conquistada em 1983.

Nos Jogos Pan-Americanos de 2007, disputados na cidade do Rio de Janeiro, o Brasil tentou conquistar sua quinta medalha de ouro, porém foi eliminado pelo Equador, que acabaria se tornando campeão pan-americano.

Na Universíada obteve duas medalhas de bronze em Palma de Maiorca 1999 e Shenzhen 2011.[19]

 

Desempenho em competições

Polónia 5:6 Brasil, 1938
Desempenho na Copa do Mundo
AnoFasePosiçãoJVE[i]DGPGC
Uruguai 1930 1ª fase 6/13 2 1 0 1 5 2
Itália 1934 1ª fase 14/16 1 0 0 1 1 3
França 1938 Terceiro lugar 3/15 5 3 1 1 14 11
Brasil 1950 Vice-campeão[ii] 2/13 6 4 1 1 22 6
Suíça 1954 Quartas-de-final 5/16 3 1 1 1 8 5
Suécia 1958 Campeão 1/16 6 5 1 0 16 4
Chile 1962 Campeão 1/16 6 5 1 0 14 5
Inglaterra 1966 1ª fase 11/16 3 1 0 2 4 6
México 1970 Campeão 1/16 6 6 0 0 19 7
Alemanha 1974 Semifinal 4/16 7 3 2 2 6 4
Argentina 1978 Terceiro lugar 3/16 7 4 3 0 10 3
Espanha 1982 2ª fase 5/24 5 4 0 1 15 6
México 1986 Quartas-de-final 5/24 5 4 1 0 10 1
Itália 1990 Oitavas-de-final 9/24 4 3 0 1 4 2
Estados Unidos 1994 Campeão 1/24 7 5 2 0 11 3
França 1998 Vice-campeão 2/32 7 4 1 2 14 10
Coreia do SulJapão 2002 Campeão 1/32 7 7 0 0 18 4
Alemanha 2006 Quartas-de-final 5/32 5 4 0 1 10 2
África do Sul 2010 Quartas-de-final 6/32 5 3 1 1 9 4
Brasil 2014   /32            
Total20/205 títulos10473151622796
Desempenho na Copa América
Total: 8 títulos
AnoPosição AnoPosição AnoPosição
Argentina 1916 Terceiro lugar Chile 1941 Não participou CONMEBOL.svg 1979 Terceiro lugar
Uruguai 1917 Terceiro lugar Uruguai 1942 Terceiro lugar CONMEBOL.svg 1983 Vice-campeão
Brasil 1919 Campeão Chile 1945 Vice-campeão Argentina 1987 1ª fase
Chile 1920 Terceiro lugar Argentina 1946 Vice-campeão Brasil 1989 Campeão
Argentina 1921 Vice-campeão Equador 1947 Não participou Chile 1991 Vice-campeão
Brasil 1922 Campeão Brasil 1949 Campeão Equador 1993 Quartas-de-final
Uruguai 1923 Quarto lugar Peru 1953 Vice-campeão Uruguai 1995 Vice-campeão
Uruguai 1924 Não participou Chile 1955 Não participou Bolívia 1997 Campeão
Argentina 1925 Vice-campeão Uruguai 1956 Quarto lugar Paraguai 1999 Campeão
Chile 1926 Não participou Peru 1957 Vice-campeão Colômbia 2001 Quartas-de-final
Peru 1927 Não participou Argentina 1959 Vice-campeão Peru 2004 Campeão
Argentina 1929 Não participou Equador 1959 Terceiro lugar Venezuela 2007 Campeão
Peru 1935 Não participou Bolívia 1963 Quarto lugar Argentina 2011 Quartas-de-final
Argentina 1937 Vice-campeão Uruguai 1967 Não participou Chile 2015  
Peru 1939 Não participou CONMEBOL.svg 1975 Terceiro lugar Brasil 2019 Classificado, país sede
Desempenho na Copa das Confederações
AnoFaseJVE[i]DGPGC
Arábia Saudita 1992 Não participou - - - - - -
Arábia Saudita 1995 Não participou - - - - - -
Arábia Saudita 1997 Campeão 5 4 1 0 14 2
México 1999 Vice-campeão 5 4 0 1 16 6
Coreia do SulJapão 2001 Quarto lugar 5 1 2 2 3 3
França 2003 1ª fase 3 1 1 1 3 3
Alemanha 2005 Campeão 5 3 1 1 12 6
África do Sul 2009 Campeão 5 5 0 0 14 5
Brasil 2013 Classificado (país-sede)
Total3 títulos2818556225
  • i. ^ Indica empates incluindo jogos eliminatórios decididos nos pênaltis.
  • ii. ^ Não houve uma final oficial na Copa do Mundo de 1950. O campeão do torneio era decidido por um grupo final de quatro seleções (Uruguai, Brasil, Suécia e Espanha). Contudo, a vitória uruguaia de 2-1 sobre o Brasil (na partida conhecida como Maracanaço) era a partida decisiva e também a última do torneio. Por isso, o confronto é frequentemente classificado como "a final" da Copa do Mundo de 1950.

Histórico de confrontos

De todas as seleções que a Seleção Brasileira já enfrentou, apenas duas mantêm vantagem no histórico de confrontos: as Seleções da Hungria e da Noruega, sendo esta última a única que o Brasil jamais venceu.

Fatos marcantes

 
 
 
 
 
Os jogadores convocados para a Copa do Mundo 2010, o ex - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e personalidades emBrasília, em 2010.

Alguns dados significativos referentes às participações da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo.

  • Comparação entre as cinco campanhas campeãs da Seleção Brasileira:
    • Melhor: 2002 – Sete vitórias; saldo de gols: 14; saldo de gols por jogo: 2; gols pró: 18
    • Segunda melhor: 1970 – Seis vitórias; saldo de gols: 12; saldo de gols por jogo: 2; gols pró: 19
    • Terceira: 1958 – Cinco vitórias e um empate; saldo de gols: 12
    • Quarta: 1962 – Cinco vitórias e um empate; saldo de gols: 9
    • Pior: 1994 – Cinco vitórias e dois empates (em um dos empates venceu na disputa por pênaltis)
    • Em 1970, o Brasil venceu três Seleções que já haviam sido campeãs do Mundo; em 2002 venceu dois ex-campeões; em 1994, apenas um
  • A mais longa série de partidas sem derrotas do Brasil em Copas do Mundo, treze jogos, ocorreu entre a derrota para a Hungria por 4-2 na Copa de 1954 e a derrota por 3-1 para a mesma Hungria na Copa de 1966
  • Outra longa série de partidas sem derrotas, agora onze jogos, ocorreu entre a derrota para a França por 3-0 na Copa de 1998 e a derrota por 1-0 para a mesma França na Copa de 2006; Foram 11 vitórias consecutivas.
  • Houve ainda duas séries de 11 jogos sem derrotas, porém não marcadas por coincidência de adversários:
  • A mais longa série de partidas sem vitórias ocorreu entre as duas derrotas no final da Copa de 1974 para os Países Baixos (2-0) e para a Polônia (1-0) e dos dois jogos iniciais ( 2 empates) com Suécia (1-1) e Espanha (0-0) da Copa de 1978
  • O melhor período para a Seleção Brasileira em Copas do Mundo ocorreu entre a a Copa de 58 e a de 70, quando o Brasil em quatro Copas consecutivas ganhou três (58, 62, 70), não ganhando a de 66;
  • Sempre que o Brasil enfrentou a Inglaterra terminou sendo Campeão. Isso ocorreu quatro vezes: em 1958 (empate 0-0), em 1962 (Brasil 3-1), em 1970 (Brasil 1-0) e em 2002 (Brasil 2-1);
  • Por sinal, as seleções britânicas estão entre as grandes "freguesas" do Brasil em Copas, jamais tendo vencido: além da Inglaterra, a Escócia também enfrentou o Brasil quatro vezes: empatou por 0-0 na Copa de 1974, e em 8290 e 98, o Brasil venceu por, respectivamente, 4-1, 1-0 e 2-1. Ao contrário dos ingleses, sempre que enfrentou os escoceses, o Brasil acabaria por não ganhar a Copa. O Brasil também venceu os únicos jogos que disputou em Copas contra País de Gales (1-0 em 58) e Irlanda do Norte (3-0 em 86).
  • Os outros maiores fregueses do Brasil são sem dúvidas os suecos, que também nunca venceram o Brasil: além de terem perdido em casa a única final que disputaram, em 58, os nórdicos foram goleados por 7-1 na Copa de 50, empataram em 1-1 na de 78 e perderam por 2-1 na de 90. Na de 94, o Brasil arrancou um empate em 1-1 na fase de grupos e depois derrotou por 1-0 na semifinal.
  • Das Oito Seleções que já conquistaram títulos Mundiais, a Seleção Brasileira e a Espanha foram as únicas que não conseguiram ganhar uma Copa "em casa", mas, por coincidência, foram as únicas a conquistarem Copas do Mundo fora de seu continente.
  • Em quatro Copas do Mundo, o Brasil enfrentou duas vezes o mesmo adversário:
    • Nas Quartas de Final da Copa de 1938 – Tchecoslováquia – empate 1-1 + jogo desempate – Brasil 2-1;
    • Em outras três ocasiões, enfrentou uma seleção na fase inicial (grupos de 4 Seleções) e enfrentou a mesma seleção novamente na Final (uma vez) ou na semifinal (duas vezes); nessas 3 copas o Brasil foi campeão:
      • Tchecoslováquia (outra vez 2 jogos)- 1962 – 0-0; Final Brasil - 3-1;
      • Suécia - 1994 – Brasil 1-1; semifinal - Brasil 1-0;
      • Turquia - 2002 – Brasil 2-1; semifinal - Brasil 1-0;
  • Nas únicas três finais de Copas com placar de três gols de diferença o Brasil esteve presente:
  • Desde a Copa de 1950, a Seleção Brasileira sofreu somente três derrotas na fase inicial (grupos de 4 Seleções); Além das duas conhecidas derrotas na Copa de 1966 (única vez que o Brasil não se classificou nesses grupos iniciais), houve na Copa de 1998 a derrota para Noruega por 2-1;
  • Somente em três Copas do Mundo o Brasil foi derrotado duas vezes:
  • A Seleção Brasileira ganhou a partida de estreia em 15 das 19 Copas disputadas até 2010[20]. Não venceu na estreia nas seguintes Copas:
  • Nas Copas com fase inicial com grupos de 4 Seleções, o Brasil somente não foi primeiro colocado no Grupo em duas Copas seguidas: 1974 e 1978, nas quais houve outras cinco coincidências:
    • Foram as duas únicas Copas nas quais a segunda fase (equivalente às quartas de final e às semifinais) foram com dois grupos de 4 Seleções, jogando todos contra todos em cada grupo;
    • Em ambas o Brasil, na fase inicial, empatou os dois primeiros jogos e venceu somente o terceiro;
    • Os Países Baixos conquistaram seus dois vice-campeonatos, jogando a final contra o país Sede (Alemanha e Argentina); Também, nessas Copas, esses dois países-sede perderam uma partida na fase classificatória, ficando em segundo lugar no seu grupo, para no final serem campeões;
    • O Brasil decidiu o terceiro lugar (essa decisão de 3º Lugar já ocorrera em 1938):
      • Em 1974, perdeu para a Polônia por 1-0;
      • Em 1978, venceu a Itália por 2-1;
    • Nessas duas Copas a Escócia foi eliminada na primeira fase pelo saldo de gols. Esse fato, aliás, se repetiu em 1982;
  • Todas as cinco as Copas vencidas pelo Brasil tiveram o formato mais "convencional", na qual após a primeira fase (4 Seleções) vinham apenas rodadas do chamado "mata-mata";
  • Em toda a história da Seleção Brasileira de Futebol, somente oito jogadores fizeram gol em sua estreia: PatoPeléRivaldoRonaldinho Gaúcho,Marcelo Vieira da Silva Júnior,ZicoCarlos MiguelPaulinho e Neymar.
  • Quando o mundial passou a ser disputado por 24 seleções, o grupo do Brasil nunca teve um terceiro colocado entre os quatro garantidos para a próxima fase.
  • É o país com o maior número de conquistas na maioria das competições. É o maior vencedor da Copa do Mundo, Mundial Sub-17 (ao lado da Nigéria), Copa das Confederações, Sulamericano Sub-15, Sub-17 e Sub-20.

Elenco atual

Baseado na convocação para o jogo contra a Itália, no dia 21 de Março de 2013 e contra a Rússia, no dia 25 de Março de 2013.[21]

NúmeroNomePosiçãoIdadeJogosClube
1 Júlio Cesar Goleiro 33 64 Inglaterra Queens Park Rangers
12 Diego Cavalieri Goleiro 30 1 Brasil Fluminense
2 Daniel Alves Lateral 29 60 Espanha Barcelona
6 Marcelo Lateral 24 15 Espanha Real Madrid
13 Filipe Luís Lateral 27 2 Espanha Atlético de Madrid
14 David Luiz Zagueiro 25 18 Inglaterra Chelsea
4 Thiago Silva Zagueiro 28 31 França Paris Saint-Germain
3 Dedé Zagueiro 24 6 Brasil Vasco
5 Dante Zagueiro 29 1 Alemanha Bayern de Munique
15 Luiz Gustavo Volante 25 2 Alemanha Bayern de Munique
18 Paulinho Volante 24 9 Brasil Corinthians
7 Ramires Volante 25 34 Inglaterra Chelsea
17 Jean Volante 26 2 Brasil Fluminense
22 Fernando Volante 21 3 Brasil Grêmio
21 Hernanes Volante 27 8 Itália Lazio
10 Oscar Meia 21 9 Inglaterra Chelsea
8 Kaká Meia 30 85 Espanha Real Madrid
16 Lucas Atacante 20 23 França Paris Saint-Germain
11 Neymar Atacante 20 27 Brasil Santos
20 Hulk Atacante 26 18 Rússia Zenit São Petersburgo
19 Fred Atacante 29 20 Brasil Fluminense
9 Diego Costa Atacante 24 0 Espanha Atlético de Madrid

[editar]Comissão técnica

Comissão técnica 
NomeFunção
Brasil Luiz Felipe Scolari Técnico
Brasil Flávio Murtosa Assistente técnico
Brasil Carlos Alberto Parreira Coordenador técnico
Brasil Paulo Paixão Preparador físico
Brasil Carlos Pracidelli Preparador de goleiros

 

Treinadores

Notáveis jogadores

Os jogadores que aparecem no Anjos Barrocos do Museu do Futebol Brasileiro:[22]

Os jogadores com Menção honrosa no Museu do Futebol Brasileiro na seção Heróis:[23]

Feminino

Títulos

Taça Jules Rimet: Antiga taça da Copa do Mundo. Foi conquistada pela Seleção Brasileira nas Copas de 1958,1962 e definitivamente em 1970.
Taça do Mundo FIFA: substituta da antiga Taça Jules Rimet. Foi conquistada pela Seleção Brasileira nas Copas de1994 e 2002.
Mundiais
 CompetiçãoVezesAno
W.Cup2.svgW.Cup.svgCopa do Mundo5 1958Cscr-featured.png1962Cscr-featured.png1970Cscr-featured.png1994Cscr-featured.png2002Cscr-featured.png
Intercontinentais
 CompetiçãoVezesAno
FIFA Confederations Cup.svgCopa das Confederações3 1997Cscr-featured.png20052009Cscr-featured.png
Continentais
 CompetiçãoVezesAno
Coppa America calcio.svgCopa América8 1919Cscr-featured.png1922Cscr-featured.png19491989Cscr-featured.png1997Cscr-featured.png1999Cscr-featured.png20042007
Brasil ArgentinaSuperclássico das Américas10 191419221945195719601963197119762011Cscr-featured.png2012
Gold medal america.svgJogos Pan-americanos4 19631975Cscr-featured.png19791987
Gold medal america.svgJogos Olímpicos Latino-Americanos1 1922

 

Outros títulos

 

Seleções de base

Cscr-featured.png Campeão Invicto

Campanhas

Seleção Principal
TorneioCampeãoVice-campeãoTerceiroQuarto
Copa do Mundo 5 (19581962197019942002) 2 (19501998) 2 (19381978) 1 (1974)
Copa das Confederações 3 (199720052009) 1 (1999)   1 (2001)
Copa América 8 (19191922194919891997199920042007) 11 (192119251937194519461953195719591983,19911995) 7 (191619171920194219591975,1979) 3 (19231956,1963)
Superclássico das Américas 10 (191419221945195719601963197119762011,2012) 3 (192319391940)    
Mundialito   1 (1981)    
Copa Ouro da CONCACAF   2 (19962003) 1 (1998)  
Seleção de Base
TorneioCampeãoVice-campeãoTerceiroQuarto
Campeonato Mundial Sub-20 5 (19831985199320032011) 3 (199119952009) 3 (197719892005)  
Campeonato Mundial Sub-17 3 (199719992003) 2 (19952005) 1 (1985) 1 (2011)
Campeonato Sul-Americano Sub-20 11 (197419831985198819911992199520012007,20092011) 7 (1954197719811987199720032005) 3 (195819671999) 1 (1979)
Campeonato Sul-Americano Sub-17 10 (198819911995199719992001200520072009,2011) 3 (198519862003)   1 (1993)
Campeonato Sul-Americano Sub-15 3 (200520072011) 1 (2009)    
Pré-Olímpico Sul-Americano Sub-23 7 (1968197219761984198819962000) 1 (1964) 2 (19602004)  
Seleção Olímpica
TorneioGold medal.svg Gold medal america.svg Gold FISU.svg Gold medal world centered-2.svg OuroSilver medal.svg Silver medal america.svg Silver FISU.svg Silver medal world centered-2.svg PrataBronze medal.svg Bronze medal america.svg Bronze FISU.svg Bronze medal world centered-2.svg Bronze
Jogos Olímpicos   3 (198419882012) 2(19962008)
Jogos Pan-americanos 4 (1963197519791987) 2 (19592003) 1 (1983)
Universíada     2 (19992011)
Jogos Mundiais Militares     1 (2011)

Uniformes

Uniformes dos jogadores

  • Uniforme principal: Camisa amarela, calção azul e meias brancas.
  • Uniforme de visitante: Camisa azul, calção branco e meias azuis.
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
1º uniforme
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
2º uniforme
 

Uniformes dos goleiros

  • Camisa verde, calção e meias verdes;
  • Camisa preta, calção e meias pretas;
  • Camisa branca, calção e meias brancas;
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
'
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
'
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
'
 

Uniformes de treino

  • Camisa azul-piscina com detalhes em verde-limão.
  • Camisa vermelha com detalhes em azul-piscina.
  • Camisa preta com detalhes em verde-limão.
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
Jogadores
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
Goleiros
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
 
Comissão Técnica
 

Sub-20

A Seleção Brasileira de futebol Sub-20, é a maior vencedora dos torneios Sul-americanos (11 conquistas), e penta-campeã mundial, além de ter conquistado três pratas olímpicas.

Estatísticas e recordes

Negrito: Jogadores ainda em atividade

Mais partidas

#JogadorPeríodoJogosGols
1 Cafu 19902006 142 5
2 Roberto Carlos 19922006 125 11
3 Rivellino 19651978 120 40
4 Pelé 19571971 115 95
5 Djalma Santos 19521968 111 11
6 Jairzinho 19651974 107 44
7 Taffarel 19871998 106 0
8 Leão 19661979 105 0
9 Lúcio 2000 105 4
10 Ronaldinho Gaucho 1999- 100 35
11 Ronaldo 19942006 98 62
12 Gilmar 19561969 94 0
13 Gilberto Silva 20012010 93 3

Maiores artilheiros

Maiores artilheiros

PosiçãoJogadorPartidasGols PosiçãoJogadorPartidasGols
Pelé 115¹ 95¹ 21º Jair Rosa Pinto 39 22
Ronaldo 98 62 22º Pepe 40 22
Romário 70 55 23º Didi 68 20
Zico 72 52[31] 24º Waldemar de Brito 18 18
Bebeto 88 52 25º Quarentinha 17 17
Jairzinho 106 44 26° Nilo 18 17
Rivellino 120 40 27º Neymar 27 17
Leônidas da Silva 37 37 28º Baltazar 31 17
Tostão 65 36 29º Raí 51 17
10º Ademir de Menezes 41 35 30º Garrincha 60 17
11º Rivaldo 74 34 31º Heleno de Freitas 18 15
12º Ronaldinho Gaúcho 88 32 32º Vavá 20 15
13º Zizinho 54 31 33º Carvalho Leite 25 15
14º Careca 63 29 34º Cláudio Adão 12 14
15º Kaká 85 29 35º Patesko 34 14
16º Luís Fabiano 44 28 36º Gérson 70 14
17° Adriano 48 27 37º Túlio Maravilha 14 13
18º Roberto Dinamite 47 26 38º Julinho Botelho 31 13
19º Sócrates 63 25 39º Edmundo 39 12
20º Robinho 89 25 40º Edu 50 12

¹Como a contagem de jogos e gols daquela época era dificultada, as estatísticas são até hoje muito controversas, sendo contabilizados apenas 92 jogos e 77 gols para Pelé em contagens oficiais, como a da FIFA, que desconsidera muitas das partidas disputadas pela Seleção Brasileira. Apesar disto, em ambas as contagens ele se mantém como o maior artilheiro da equipe.

Patrocinadores

Os patrocinadores da Seleção Brasileira, conforme o site oficial, são:[32]

De ajudante de pedreiro a jogador, Ramires é exemplo de perseverança

Jogador passou fome, morou com 12 pessoas em uma casa e dividia roupas com irmão. EE conta a história de determinação na série 'Origens'





Criado sem muito contato com o pai e a mãe, morando em uma casa humilde com 12 pessoas e muitas vezes sem ter o que comer. O Esporte Espetacular foi atrás da trajetória do volante Ramires, que superou todas as dificuldades em sua infância e adolescência para  hoje ser queridinho no Chelsea e um dos candidatos a destaque na seleção brasileira. Ele é primeiro personagem da série "Origens" - um atleta que, depois de tanta luta, valoriza cada segundo com a amarelinha.

- Eu tenho a Seleção como meu teto. É chegar ao auge mesmo da carreira. Para mim, não tem coisa mais importante do que jogar pela Seleção.

Mas até ser escalado para defender o Brasil, Ramires passou por situações complicadas. E não faz muito tempo. Há apenas seis anos, ele vivia em uma casa de dois quartos em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, com a avó, alguns primos e tias e o irmão Maicon, com quem dividia a cama e as roupas.

- Ele era mais forte que eu. Eu era bem mais magrinho. Mas ele só comprava as coisas que ficavam apertadas nele para servir em mim. Se ele comprasse do tamanho dele, eu não conseguiria usar. Meu irmão é como se fosse meu pai. As coisas de homem eu aprendi com meu irmão – revela Ramires.

A mãe trabalhava fora e chegava a ficar três meses sem conseguir voltar para casa. O pai aparecia muito pouco. Então, a figura paterna e os ensinamentos de vida ficaram por conta do irmão. 

- Minha mãe trabalhava fora. A gente morava com a nossa avó. Então, fiquei responsável por ele. Tinha que estar com ele sempre, para protegê-lo. Sempre considerei ele como um filho – conta Maicon, emocionado.

As dificuldades só aumentavam, e o sonho de ser jogador ficava cada vez mais longe. Com muitas promessas não cumpridas no mundo do futebol, aos 15 anos Ramires começou a trabalhar como servente de pedreiro, carregando pedras e sacos de areia. Quando já tinha desistido de ser jogador, surgiu uma oportunidade no pequeno América de Barra do Piraí.

- Eu trabalhava das 8h até 16h. O treino era 16h30. Descia de casa de bicicleta para o emprego, pegava a bicicleta e ia treinar e, depois, ia para casa. Mas eu me sentia feliz. Eu chegava no treino e não tinha cansaço, não tinha nada. Quando eu colocava a chuteira e ia para o campo, parecia que estava em casa. Não tinha coisa melhor.

O amor pelo futebol e o talento com a bola fizeram com que ele se destacasse e em pouco tempo fosse levado pelo Joinville, de Santa Catarina. Jogando no time do Sul, o menino magro e veloz chamou a atenção do Cruzeiro. 

- Quando eu fui para o Cruzeiro, que eu vi aquilo tudo, a ficha não caía. Eu falava: “Meu, não pode ser!”. Todo dia eu pensava: “Há pouco tempo eu estava na minha cidade, trabalhando de servente de pedreiro e agora eu estou aqui”.

Foi na Raposa que ele começou a colecionar apelidos. Primeiro virou Pernalonga, o personagem de desenho famoso pelas passadas largas; depois foi Queniano Azul, porque sua velocidade e resistência para correr impressionavam; mas a torcida só o chamava de Guerreiro.

- No Cruzeiro que me deram esse apelido, porque eu corria muito e o jogo inteiro, do começo ao fim, os 90 minutos eu estava dando pique, correndo. Então, sempre falaram que eu era um queniano, por causa da maratona e o que eu corria dentro de campo. E lá também tinha o Pernalonga Azul, por causa das passadas meio longas – diverte-se Ramires.

As conquistas seguintes mostraram que a torcida cruzeirense tinha razão. Como um verdadeiro guerreiro, Ramires chegou à seleção olímpica, em 2008, e ficou com o bronze em Pequim. No ano seguinte, o maior sonho se realizava: chegou à Seleção principal e conquistou a Copa das Confederações na África do Sul, o primeiro título com a amarelinha.

Aos 23 anos, foi negociado com o Benfica, de Portugal. Para quem nunca tinha participado de uma peneira até os 17 anos, ele estava bem cotado e foi comprado por R$ 21 milhões. No Benfica, Ramires foi campeão português em 2010. Mas naquele ano, na Copa do Mundo, uma derrota marcou a carreira do jogador. No jogo contra o Chile, ele levou dois cartões amarelos e ficou fora da traumática partida contra a Holanda, que eliminou o Brasil.

- Até hoje é complicado. Eu estava fora. No primeiro tempo, você via que a gente ia ganhar o jogo! O time estava muito bem, a Holanda nem tinha chegado ainda. Mas no segundo tempo, virar daquela maneira... Foi uma coisa bem triste ver jogadores como Gilberto Silva, Lúcio, Juan, Kaká, Júlio César chorando no vestiário. Você, que é mais novo, vê aquela cena e pensa: tenho que ganhar uma Copa do Mundo, nem que seja para esses caras!

Mas 2010 ainda reservava motivos para comemorar. Ramires foi para o Chelsea, da Inglaterra, conquistou a torcida e virou ídolo. Seguindo a tradição dos apelidos, hoje, no time inglês, ele é Rambo, um dos personagens mais fortes da história do cinema. 

- Eu sou magrinho. Mas acho que o apelido veio também pela maneira que eu disputo as jogadas, pela maneira que eu jogo, que eu ajudo os companheiros. Eu acho que é a luta, a briga dentro de campo, por isso veio esse apelido.

Mais experiente, Ramires tem tudo para ajudar a Seleção na próxima Copa e, se depender das características de todos os personagens com o qual foi apelidado, ele vai acabar com os adversários rapidinho.

Ramires gol Chelsea (Foto: Getty Images)